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Negociação entre Franqueador e Franqueados

  • Foto do escritor: Sandra Brandão
    Sandra Brandão
  • 2 de abr. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 3 de abr. de 2024

Não é incomum ser um grande desafio para o Franqueador lidar com seus franqueados. Em tempos de crise, a situação ainda se agrava, porque, independentemente da causa ou condição que a gerou, o reflexo costuma ser o aumento do número de franqueados insatisfeitos, que se tornam também inadimplentes e desejosos em sair da rede.


Na minha experiência, quando este tema chega ao advogado, o passo imediato é olhar os contratos (ou falta deles), buscar o que é possível comprovar (ou não) sobre os fatos, avaliar as fragilidades do franqueador e, a partir daí, traçar uma estratégia.


No Direito com Alma, procuramos, para além disso, outras qualidades do advogado, cultivadas através de práticas diárias que fazem surgir, de forma autêntica, por exemplo, a compaixão, a flexibilidade, a curiosidade e o discernimento.

Recentemente, auxiliei um Franqueador que enfrentava este tipo de contexto. Grupos de franqueados se formando, ações judiciais engatilhadas, inadimplência alta e dificuldade de relacionamento.


Foi interessante que, através da sabedoria do Caminho do Meio, melhor explicada no TCC que está neste site, pude experimentar confiança para relaxar com a mente atenta aos fenômenos, dando o devido espaço para observar as coisas expandirem, contraírem, se moverem e se transformarem sem interferência. Sem isso, ficava muito difícil conhecer a realidade, mesmo que relativa. É o espaço de deixar as coisas serem, aceitando a ausência de fronteira de todos os fenômenos, que tem o melhor potencial para uma mente e coração abertos.


Para aterrissar um pouco mais sobre o que está acima, posso exemplificar com o surgimento, quase orgânico, de um time de trabalho composto pelo principal executivo da franqueadora, seu gerente financeiro, diretor operacional, consultor de campo e advogadas, que, através de reuniões periódicas, pôde fazer melhores escolhas.


Disse “quase orgânico”, porque exerci meu papel de facilitadora, dando apoio ao seu surgimento. A grande graça, porém, esteve na sua essência orgânica, que tornou as reuniões, decisões e trabalhos cooperativos naturalmente.


Talvez até por isso tenha emergido, em dado momento (ou se revelado), um outro fenômeno que, para um olhar mais superficial ou de lente única, poderia parecer não interdependente ao tema em questão. Não vou especificá-lo aqui, mas posso contar que resolvi falar um pouco sobre segurança psicológica nas empresas para este time. Este conceito foi criado em 1999 pela professora Amy Edmondson, da Harvard Business School, e tem sido intensamente debatido a partir de alguns estudos realizados pelo departamento de recursos humanos do Google.


Mas, espera! Eu sou advogada!


Engraçado. Quando se está no lugar da pergunta aberta, isto é, do cultivo de boas qualidades e boas práticas, com foco em transformar conflitos e criar canais de comunicação, os limites parecem não me servir.








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