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Liberdade ou Prisão é só uma perspectiva

  • Foto do escritor: Sandra Brandão
    Sandra Brandão
  • 29 de fev. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 2 de abr. de 2024

Quantas decisões tomamos para não ficarmos presos, como se a prisão fosse um algo fixo, de contornos e definição singular.


Quantas aspirações temos, em busca de um valor que é bastante comum: a liberdade, que, porém, também não tem significado fora de um específico contexto, o qual, inclusive, é composto de infinitas causas e condições, muitas delas que nem se deixam conhecer.


Talvez o que chamamos de prisão e liberdade possa estar no reino das sensações e sentimentos. Neste contexto, tenho experimentado tirar o contorno fixo que atribuía a estas palavras e brincado com suas polaridades, enxergando sua natureza comum.


Por “brincar”, estou querendo dizer: contemplar.

Estou lendo um livro maravilhoso, sob o título “In this place toghether”. É a história do palestino Sulaiman Khatib, que experimentou dez anos em uma prisão israelense, entre seus 14 e 23 anos de idade. Dentro da prisão, para onde foi por um ato de violência e raiva contra um soldado israelense na ocupação de sua cidade, se relacionou com pessoas, leituras e experiências que, com o tempo, o levaram à sua autotransformação política e espiritual. Fora da prisão (física), e a partir de novas experiências, passou a participar do movimento Combatents for Peace, uma jornada de apoio à não violência em um cenário complexo que todos temos ouvido falar a respeito.


Mas não quero falar do movimento citado e sim da liberdade que Souli desenvolveu ainda dentro da prisão (física). Talvez, assim como o Mandela.


A liberdade de olhar além dos conceitos e pré-conceitos, do certo e errado, das crenças, do conhecimento científico e até da própria identidade. Não é contra nada disso, mas para além. É ver o movimento, no lugar de uma coisa fixa. É ter curiosidade e presença plena no ouvir. É estar aberto para se relacionar com a realidade tal qual se apresenta. É se liberar das certezas. É se enxergar integrado no todo.


Pare. Inspire, expire. Repita. Onde estão seus grilhões? Do lado de fora? Tem certeza?



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