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A Paz nos negócios

  • Foto do escritor: Sandra Brandão
    Sandra Brandão
  • 14 de fev. de 2024
  • 2 min de leitura

Certa vez um cliente da área do varejo, mais especificamente comércio de calçados e bolsas femininas, após passado certo tempo de uma reunião cheia de detalhes jurídicos para a proteção de seu negócio, que ia de contratos a conselhos sobre processos internos, me disse: “Sandrinha, eu só queria vender sapatos!”.


“Sandrinha, eu só queria vender sapatos!”.




Já faz bastante tempo que isso aconteceu, mas reparei que até hoje trago essa frase em conversas e reuniões. Talvez porque nunca tenha saído do meu coração, apesar de minha mente ter seguido cheia de razão para manter os mesmos processos e instrumentos jurídicos de proteção aos negócios.


Não que esteja errado. Há espaço para tudo. Ocorre que, talvez, há quem só queira vender sapatos.


No caso da minha história, me lembro que ele era (ainda deve ser) altamente criativo e tocava um negócio de essência familiar. Dava para sentir a energia quentinha na ação.


A frase dele hoje, na perspectiva do Direito com Alma (www.direitocomalma.com), me veio como um pedido de paz.


Não sei se é o caso. Hoje teria aprofundado mais minha escuta e construído algo junto com ele. Mas, ao menos como um exercício, penso na Paz.


A Paz que não tem um significado único. A paz vazia de significado, pois é relacional. A paz que encontra significado dentro de certo contexto, que não é singular, independente ou permanente.


O que isso pode significar na prática? Que o contrato não precisa ter um único propósito, como a proteção jurídica. Também não precisa, necessária e exclusivamente, depender da expertise do advogado.


Certamente há muitas pessoas e empresas dispostas a construir um contrato do zero, em conjunto e em cooperação com todos os envolvidos, inclusive com disponibilidade de se questionar se a necessidade de proteção conversa com o propósito de sua empresa.


...construir um contrato do zero, em conjunto e em cooperação com todos os envolvidos


1 Comment

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EDUARDO FONSECA
Feb 05
Rated 5 out of 5 stars.

Prezada Sandra, trabalho com propriedade intelectual no Canadá e Estados Unidos e achei interessantíssimo este seu artigo. Obrigado por publicar e só agora tive a oportunidade de ler. Esta frase é mesmo típica, e se ouve bastante até mesmo por aqui, e realmente muitas vezes vem do coração. Muitos imigrantes querem começar um negócio, ou mesmo brasileiros que querem abrir novos mercados, e não esperam ter que tomar algumas ações para poder enfrentar este mercado. Mas é o nosso dever zelar por estes clientes e garantir que eles não terão um dia que deixar de "apenas vender sapatos" porque não se prepararam corretamente. Parabéns e muito sucesso!

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